Olá amigos, esta noite vou postar um depoimento enviado pelo Sr. Oriovaldo, ele tem 70 anos de idade, é usuário comum e utiliza Ubuntu para suas tarefas diárias, como falar com os netos, pesquisar coisas na internet e tudo mais que qualquer um faz.
Em seu depoimento ele fala do Unity, e como ele vê a novidade mais criticada/amada da atualidade no universo Linux.
#Depoimento do Sr. Oriovaldo
O Ubuntu mudou muito. Parece que ele teve sua filosofia de trabalho alterada. Bem, devo primeiramente apresentar-me : sou da “velha guarda” pois já vivi 70 anos, mas gosto de computador, embora meu entendimento sobre eles seja quase nulo. É fácil agendar e ser lembrado de consultas médicas ( avisos pregados na geladeira ficam muito feios), controlar conta corrente pelo internet banking, Imposto de Renda, estabelecer controles sobre uma pequena empresa, comunicar-me por e-mail com os filhos e amigos, seguir gente interessante pelo Twiter, ler jornais, ouvir rádios e música e por aí vai. Acho que sou o que os entendidos chamam de usuário normal.
Conheci o Ubuntu em 2006, mas foi apenas casualidade. Penso hoje, que saberia usar outras distribuições, e já testei o Gnome 3. Gente antiga é conservadora, então, acostumei-me ao Ubuntu. Mas agora ele mudou. Caramba, mudou muito. Como meu conhecimento de informática é diminuto, tentei acostumar-me, lia os “blogs” de quem entende, usei o Virtualbox para habituar-me, e surpreendentemente, fazia as mesmas coisas de antes num sistema operacional bonito, muito colorido, robusto e confiável. Desconfio que minha produtividade aumentou.
Gostei muito do Unity, com aquela barra lateral. Aprendi a usar o teclado pressionando F10, uso “Super+S”, busco meus programas com “Alt+F1”, e acho legal o “empilhamento” da barra lateral. Sem falar nos icones que tremem chamando minha atenção quando necessário. Todavia, não deserdei o mouse. Ele está ali, e volta e meia uso-o como sempre fiz. Também uso a tecla “Super” mais um número ou letra, mas coloquei muitos programas, quase todos que utilizo.
As vezes ocorrem fatos estranhos que os jovens chamam de “bugs”, todavia, são poucos, e, sinceramente, irrelevantes. Mas sei que os desenvolvedores e os membros da comunidade estão se esforçando para corrigir.
Ainda não consegui que o Empathy receba e transmita imagens para algumas pessoas que não deixam de usar o Messenger por nada deste mundo. A solução momentânea está no Skype para Linux(ruinzinho, por sinal), assim posso ver e falar com minha mãe de 91 anos que mora no interior de São Paulo. Mas não desisto e leio com avidez todas as informações sobre o assunto.
Agora, a Central de Softwares está aos poucos tomando o lugar do Synaptic, e tem até um “test-drive” antes da instalação. Isso é bom ou ruim? Confesso que ainda não tenho convicção. Mas instalar programas no Ubuntu é muito fácil. Repositórios PPA, nem se fale. O nível de dificuldade é superado com leituras na própria internet onde há muitas pessoas com boa vontade e paciência para espalhar conhecimentos. Aprendi com esses meninos a usar o terminal.
Enfim, o Ubuntu mudou, e ao mesmo tempo, melhorou muito.
#Nota do Editor
Bem gente, pelo menos para mim, é raro encontrar uma pessoa de 70 anos na posição de usuário comum utilizando Linux e o amando como o Sr. Oriovaldo ama, postei o depoimento dele apenas para que todos vejam como foi a adequação dele ao Unity, e como ele é de simples utilização para qualquer um, depois que deixamos os “pré-conceitos” de lado e lhe concedemos uma chance.
Agradeço ao Sr. Oriovaldo pelo depoimento e lhe desejo muito sucesso em sua vida como usuário Ubuntu.