Neste post não entrarei em termos como softwares, opições, instruções ou step-by-step de cloning de máquinas, mas sim no conceito geral de clonagem. Há algum tempo necessitei formatar 23 máquinas em um laboratório, como o tempo era curto, optei pela clonagem, mesmo receoso. Depois de algumas horas de estudo e algumas tentativas fracassadas, consegui clonar a primeira máquina com sucesso, obtendo sucesso também posteriormente nas outras 22 restantes. Com a experiência anterior pude perceber alguns detalhes no processo de clonagem que nada tem a ver com o software ou sistema operacional que se está utilizando, mas sim com o conceito e o modo com que conduziremos o processo. As dicas apresentadas a seguir tem como base minha experiência adquirida com os erros:
É aconselhável que os HD’s tenham arquiteturas semelhantes – Não é errado clonar um sistema de um HD SATA para um IDE ou vice versa, porém é menor a chance de sucesso ou satisfação com a clonagem, é altamente aconselhável que os clones sejam de SATA pra SATA ou IDE para IDE. Em minhas experiências foi possível clonar de um SATA para um IDE, porém alguns falharam e não tentei o processo inverso.
Não é necessário que os HD’s contenham exatamente o mesmo tamanho, ou sejam do mesmo fabricante – O que devemos atentar é que, logicamente, não podemos clonar uma máquina de um determinado tamanho, para um HD de tamanho inferior. Importante notar também, que mesmo que o sistema operacional instalado ocupe 2GB em um HD de 80, por exemplo, o HD que receberá o clone deve ter 80GB ou mais, salvo excessões para partições que veremos adiante.
Clone sempre por partição, e não o HD inteiro – O processo de clonagem entenderá uma partição como o próprio hd inteiro. Para ilustrar o exemplo, imagine um HD de 80GB particionado em 10GB para o Sistema Operacional, e o restante pra uso diverso. Vc poderá clonar a partição com o Sistema Operacional para um HD de 20GB, por exemplo, ou para alguma partição de 10GB ou mais em outro HD, porém deverá respeitar as regras anteriores. Não clone sistemas de uma partição para a outra no mesmo HD. Não clone sistemas que, logicamente, estão em uma partição primária para uma partição secundária, pois não será possível o boot. Certifique-se de verificar no software que vc estiver usando as opições para clone da MBR, e também para tornar a partição resultante do clone ativa.
E nunca, jamais, em hipótese alguma clone um Sistema que esteja em uso, ou que esteja no mesmo HD sendo utilizado no momento, mesmo que em outra partição – Para ilustrar a dica, convém dizer que um clone é como uma foto de um sistema, porém quando tiramos uma foto de algo em movimento com uma câmera comum, ela sairá falha. Com o sistema o mesmo conceito deverá ser respeitado, o correto é colocarmos o sistema que queremos clonar como slave, e depois um terceiro HD que receberá o clone. O HD master será responsável pela gerência dos clones, ou seja, conterá os softwares que farão o trabalho. Caso não seja possível o uso de três HD’s, é aconselhável o uso de um CD bootável para cloning, ou um Live CD.
É possível obter sucesso total clonando máquinas livres de falhas, seguindo os conceitos anteriores é quase certo de que o processo seja finalizado com perfeição, porém isso também dependerá de outros fatores, que por enquanto, não serão abordados aqui. Abraço para todos vocês, e sucesso!