Olá, leitores do Cotidiano Linux! Eu, Felipe Magnus, estava com saudades de escrever neste blog, que tem um conteúdo de excelente qualidade, gerado por pessoas que gostam de software livre e tem experiências das mais variadas com o sistema Linux.
Minha matéria de hoje é um review, uma opinião a respeito da distribuição Crunchbang Linux 10 “Statler”, baseada no Debian Squeeze. É uma distribuição que vem melhorando em qualidade e desempenho com o tempo, tendo migrado sua base do Ubuntu para o Debian (o que, na minha opinião, é um grande avanço). 😀
Ao baixar a iso e rodá-la de um CD ou pendrive, você pode acessar o sistema a partir de um modo LiveCD (porém sem instalador gráfico), ou pelo instalador (modo texto ou gráfico), que nada mais é que uma leve modificação do instalador do Debian GNU/Linux.
A instalação leva menos de 20 minutos, e é bem encurtada, se comparada à instalação padrão do Debian, já que a distribuição já conta com um conjunto de pacotes padrão a serem instalados.
A distribuição possui uma filosofia bastante minimalista, utilizando da interface Openbox e do painel Tint2 para compor o desktop. O visual é clean, bem configurado e com algumas transparências discretas, apesar de bem dark.
Ao rodar o sistema instalado, um script é rodado, com várias perguntas, a respeito do funcionamento do sistema. Antes de você prosseguir nas etapas deste script, eu recomendo a todos os usuários que instalarem a distribuição, que troquem o repositório padrão, do “ftp.de.debian.org” para “ftp.br.debian.org”, visto que a taxa de transferência (download) do repositório brasileiro é bem superior a alemã.
Após a troca de repositórios, você vai percorrer pelo script, que pergunta se você quer instalar diversos componentes (como Java JVM e JDK, kernel Liquorix e outros), além de fazer um distro upgrade opcional, para o Debian Wheezy (testing). Se você precisa de software mais atualizado, eu recomendo o upgrade, já que a base do Wheezy está bem tranquila de ser usada no dia a dia. O script pergunta também se você quer instalar componentes do Desktop Environment XFCE, e um gerenciador de sessões. Recomendo a instalação destes, caso um dia você queira trocar o painel Tint2 pelo do XFCE (com mais recursos). A respeito do pedido do script de instalação do Openoffice, ignore-o, já que nos repositórios do Debian, se encontram o último LibreOffice.
A distro vem com alguns aplicativos interessantes pré-instalados, como o navegador open source Chromium e o tocador de mídia VLC. Apesar do Goffice (Abiword + Gnumeric) ser a suíte de escritório padrão do sistema – e esta não possuir tantos recursos – a substituição deste pelo LibreOffice é fácil, utilizando os métodos tradicionais de instalação de software do Debian (Apt-get, Aptitude ou Synaptic).
Com algumas semanas de uso, o sistema vem apresentando um desempenho muito bom de utilização de memória e outros recursos de hardware. A distro eliminou um problema que sempre acontecia em meu Asus EEE PC 1005ha com o Debian “puro” instalado: após muitas horas ligado, o som ficava mudo, talvez pelo aquecimento do aparelho.
Muito estável, leve e de utilização razoavelmente fácil (principalmente se você está habituado a alguma interface *box, Black, Flux ou Openbox), eu recomendo o Crunchbang Linux. 🙂
Disponível para arquiteturas 32 e 64 bits.
Site oficial: www.crunchbanglinux.org